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deixá-los aí fora? São os ovos da minha mãe! Não quero ver mais ovos, por favor. Sabe que estou bêbada? Vamos sair. -Aonde vamos? -Respirar um pouco de ar fresco. -É de manhã! -É sim. Nesta hora, meu pai já estava no campo. Suas pernas não estão aguentando, hein? O que está dizendo? Sou mais forte que você. Quer ver? -Como, mais forte? -Quer ver? Quer ver? Vou pegá-lo no colo. Veja só. O que está fazendo? Largue-me! Caramba! Não pensava que você era tão forte! -Do que está rindo? -Dos ovos. Por favor, estou com a barriga explodindo! Se eu fecho os olhos, só vejo ovos. Então, não feche. Mas, vejo-os mesmo com os olhos abertos. Meu Deus! Fogos-de-bengala! Vão bombardear a ponte! Fique tranquila. Já acabou. Não tive medo. Com você, agora entendi tantas coisas, Antò. Quero ficar com você para sempre, por toda a vida. Posso mesmo ir até o fim do mundo! Quantos dias se passaram? Oito. Não, dez. Dois dias. Só dois dias! -Socorro! -Eu mato você! Antò! Socorro! Feche! Feche, porque ele quer me matar! Coitada! Eu mato todos vocês! Antò! Não faça isso! -O que aconteceu? -Nada, nada. Como, nada? Nada. Nada, não sei o que acontece com ele. Parece tão calmo, mas, depois fica branco e com os olhos saltando para fora. Ontem apertou o meu pescoço, assim. Como me magoou! Eu desmaiei. Caí no chão. As pessoas em volta me acudiram e jogaram um balde de água em mim. Ele se fechou na cozinha e não queria sair. “Maldito seja o dia em que me casei com você”, ele gritava. Sei lá por que razão. Não sei mesmo. Sargento! Está aqui! Antonio! Esperem! Esperem! Esperem um momento! Vou fazê-lo sair, esperem. Vou fazê-lo sair. Vou fazê-lo sair. Não, eu vou fazê-lo sair. Esperem, não fará nada. Ele não vai fazer nada. Fiquem quietos. Não o machuquem, fiquem quietos! Antò, saia daí! Não lhe farão nada, eu juro! Antò, saia daí! Antonio, está ouvindo? Antò! Antò! Antò! Vá para casa! Vá para casa, já! Não o machuquem! Não o machuquem! Tenham paciência, não o machuquem! Não o machuquem! Quero saber por quê! Quero o diretor! Quero o diretor! Quero o diretor, aqui embaixo! Quero saber por que estou aqui dentro! Todos sabem que sou São José! Sim, é São José, eu garanto! Antonio. O que está fazendo? O que é isso? Venha Radio senhora. -Você é tão maluco quanto eu. -Doutor! A escolha é dele. Se prefere ser processado ou ir como voluntário para a Rússia. Entendido? Primeiro pelotão, suba no vagão à direita! Segundo pelotão, neste outro, à esquerda. Têm minutos de tempo. Desfaçam a formação. Giovanna, temos minutos. Venha, venha. Giovanna Radio Sim. -Voltarei logo da Rússia. -Sim. -Vou lhe trazer umas peles. -Sim. A guerra acabou! Acabou! Você, venha aqui! O que disse? -Acabou o quê? -A guerra! MILÃO SAÚDA OS HERÓIS SOBREVIVENTES DA RÚSSIA Mario! Gianni! Maria! Maria! -Maria! -Giulio! Maria! Conhecia-o? Este é o Antonio. Ele está vivo? -Estivemos juntos no rio Don. -Ele está vivo? Talvez. Não sei. Como não sabe? Pare! Não consigo caminhar. Estou esperando há tanto tempo o momento de encontrar alguém que me fale dele, que o viu, que o conheceu. Ouça, não consigo ficar de pé. Venha se sentar. Ele está vivo? Falou com ele? Onde o viu? Onde o deixou, da última vez? Diga-me onde o deixou. -Estávamos juntos. -Onde? Onde? Lá no rio Don. Era janeiro, um mês terrível. Os russos haviam nos encurralado, e nós tínhamos de sair, de qualquer jeito. Ninguém imagina, senhora, o que é a neve, se nunca esteve na Rússia. Basta ficar minutos parado para congelar. E os russos nos atacavam de todos os lados. O inferno, senhora. Estivemos dentro do inferno. A neve, o gelo, o vento que cortava o rosto, a sede, a fome, sem nunca dormir, durante noites e dias. Um inferno, senhora. Abriu, maldita! Não sinto as mãos! Não sinto as mãos! Alguém me dê uma ajuda! Aqui, tudo está queimado. -Aonde vamos? -Olhe! Caramba! Feche a porta. Não aguento mais. É um pedaço de gelo. Vamos, levante-se! Vamos! Caminhe! E depois de deixarmos a cabana Radio andamos muitos mais quilômetros na neve. Antò! Vamos, levante-se. Faça um esforço! Antò, caminhe! Antò, precisa caminhar, senão vai congelar. Quando me virava, ele fazia sinal para que eu continuasse Radio que não pensasse nele Radio -E não o vi mais. -Não o viu mais? E deixou-o no meio da neve, sem uma ajuda, naquele frio, acabado? -O que mais poderia fazer? -Não havia alguém para ajudá-lo? Que tipo de gente são vocês? Não sei. Talvez alguém o tenha ajudado. Ouça Radio Entre Radio vou fazer café. Não Radio café me faz mal. Não posso tomar. Estou tão contente por vê-la, senhora. Quer um pouco de leite? Não, não. Obrigada. -Umas cerejinhas? -Não. Não mesmo. Sente-se, então. Sente-se. Senhora, sinto que ele está vivo. Não morreu, não. Mas, se está vivo, por que nunca escreveu, nem a mim, nem a você? Por que não voltou com os outros? Eu quero ir lá. Vou tentar. Agora, os jornais dizem que mudou tudo lá. O Stalin está morto e sepultado. Não pode ser impossível ir lá! Vou tentar e ainda que seja impossível vou tentar mesmo assim. -Na Rússia? -Sim, na Rússia. Já se passaram tantos anos! Esta Radio é a última foto que ele me mandou. Veja Radio ele devia passar calor, com tanta roupa. O que acha? Um soldado tão agasalhado não morre. Ele está vivo. -“Spassiba”. Diz-se assim? -Isso, “spassiba”. Eram soldados italianos. Os civis russos prisioneiros, a mando dos alemães, tinham de cavar fossas para os sepultar. Vê, senhora? Cada girassol, cada árvore, cada campo de trigo Radio esconde os corpos de soldados italianos, russos e alemães, e até corpos de muitos camponeses russos. Velhos, mulheres, crianças. Tenho certeza que meu marido não está aqui. O Antonio está vivo. Precisa apaziguar seu coração, senhora. -Não há italianos vivos na Rússia. -Não é verdade. Na Itália, consta que há feridos e os que não se lembram de mais nada. Sim, pode acontecer. Eu conheço alguém que veio a Moscou, para ver um jogo de futebol, e viu um desses italianos. Falou com ele. -E que ele disse? -Sei lá o que ele disse? Sei que é verdade. Minha nossa! Esta lápide homenageia os seus compatriotas. É de um poeta russo: Mikhail Saplov. “Jovem filho de Nápoles Radio o que o trouxe aos campos da Rússia?
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